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VW Brasília: a história de um dos maiores clássicos nacionais

O ano de 1973 foi marcante para os brasileiros apaixonados por carros. No mesmo período em que era lançado o VW Brasília, tínhamos a estreia do Chevrolet Chevette, do Ford Maverick e do Dodge 1800.

Desde 1970, a Volkswagen já estava trabalhando num modelo compacto. O projeto de criação do VW Brasília foi um pedido do então presidente da Volkswagen do Brasil, Rudolph Leiding.

O carro nasceu de um sonho. O lançamento do Brasília era um desejo de Leiding.

O executivo, que depois passou a gerenciar a empresa globalmente, havia pedido aos engenheiros da marca por um novo carro para suceder o Fusca. Leiding, então, solicitou um veículo com a mesma plataforma do Fusca, com estilo “premium” e mais espaçoso. Não à toa ele chegou para ser uma opção mais cara do Fusca.

Curiosamente, Rudolph Leiding acabou nem vendo seu projeto final nas ruas brasileiras, uma vez que passou a presidir a empresa globalmente.

Na época, o Fusca era o principal modelo da Volks, enquanto isso, as montadoras concorrentes começavam a trabalhar em novos modelos. Porém, tirar o fusquinha de linha claramente não era uma opção. Então, a montadora lançou a linha tipo 3, modelos quadrados e maiores.

Em quase dez anos de vida, 950 mil unidades do VW Brasília foram vendidos no Brasil. O modelo chegou a ser exportado para países vizinhos do Brasil e para a África, porém não teve tanto sucesso.

O icônico Brasília deixou de ser produzido em 1982. O fim da produção gerou até uma “crise” interna. Um engenheiro da montadora reclamou que “mataram o carro errado”. Para ele, a Volkswagen deveria encerrar a produção do Fusca, visto que ele era bem mais antigo.

O Brasília foi lançado em 1973, quase junto do Chevette, da General Motors, seu concorrente direto. Se o bagageiro do Brasília decepcionava, por outro lado, o carro conquistava pela ampla área envidraçada. O motorista tinha bastante visão em diversos pontos do veículo.

Em campanhas publicitárias, a montadora chegou a destacar algumas avaliações de clientes. Uma delas: “O único problema é que eu sou tímida. No Brasília a área envidraçada é grande e todo mundo olha pra mim”, dizia.

O clássico era ágil no trânsito e manobrar não exigia tanto esforço. Sobre isso, outra resposta de um cliente “cobaia” dizia: “Cansei de fazer força no trânsito. O Brasília é ideal para escapar do trânsito, manobrar e estacionar fácil”.

Já na lateral, poderíamos ver as entradas de ar para refrigeração do motor traseiro (o porta-malas ficava na frente). Aliás, essas linhas geram harmonia no design do carro. Destaque também para os vidros laterais, ambos enormes, proporcionando mais facilidade na hora de manobrar.

Quanto ao conjunto mecânico, o motor do VW Brasília fica onde geralmente é o porta-malas, o mesmo foi feito com o VW Fusca. O modelo batizado com o nome da capital do Brasil era equipado com motor refrigerado a ar, quatro cilindros opostos, 1,6 litros e potência de 60 cv.

Para chegar aos 100 km/h eram necessários 23 segundos. Enquanto a velocidade máxima ficava em torno de 132 km/h.

A mudança de produção foi uma grande novidade. O VW Brasília começou a ser fabricado em Puebla, no México.

Em 1975, no auge, o hatchback já estava agradando os brasileiros, em especial os jovens e as famílias. Nesse mesmo ano, o Brasília alcançou 126 mil unidades produzidas.

Em 1976, a história do VW Brasília começa a ficar mais agitada com modificações, como a opção de quatro portas e a chegada de um concorrente importante.

Com dois carburadores, o clássico passou a ter potência elevada para 65 cavalos. Além disso, houve melhorias na economia de combustível, na aceleração e na velocidade máxima.

O Brasília de 76 ainda ganhou outras novidades. Havia uma opção rara de cor vermelha no interior do carro, como nos assentos e nas portas. Outra na cor marrom também foi apresentada, que antecipou as versões monocromáticas.

Versão quatro portas também foi fabricada nesse período, mas para exportação. Filipinas e Nigéria foram os primeiros países que receberam essa opção.

Ainda em 1976, mais especificamente no mês de novembro, outro modelo foi lançado no Brasil para “brigar” diretamente com o VW Brasília. A italiana Fiat anunciava o pequeno 147.

O VW Brasília de 1977 ganhou mudanças importantes, com destaque para o acabamento, conforto e mecânica do veículo. Pequenas alterações no design dianteiro também foram feitas.

Nesse período, surgem as versões monocromáticas. No painel, os instrumentos ficaram mais limpos. Ainda internamente, o porta-luvas recebeu pela primeira vez uma tampa.

Na parte mecânica, o VW Brasília ganhou novos freios duplo independente nos eixos dianteiro e traseiro, além de coluna de direção retrátil, tubo de segurança contra impactos frontais no para-choque da frente e o cabeçote de chassis foi reforçado.

Ano após ano e o VW Brasília não sofreu mudanças radicais em suas versões. No entanto, em 1978 o hatchback recebeu algumas alterações consideráveis, em especial no design. Podemos considerar que em 78 ele recebeu a primeira e única reestilização em sua história.

Inspirado em modelos da Mercedes-Benz, o Brasília passou a adotar lanternas maiores além de frisadas. Pela primeira vez, a Volks resolveu oferecer, como opcional, desembaçador elétrico do vidro traseiro.

No interior, a montadora alemã modificou o design do acionador da buzina e passou a ser similar ao do VW Passat.

Na década de 70 o mundo se deparou com a crise do petróleo. Os preços do barril subiram muito, sofrendo um aumento de até 400% em apenas cinco meses. A crise afetou a economia da Europa e dos Estados Unidos e, consequentemente, atingiu a economia global.

Em detrimento disso, muitas montadoras tiveram que adotar estratégias para deixar seus veículos mais econômicos.

Com o Brasília, claro, não foi diferente. O clássico da Volkswagen passou a ter um acelerador de estágio duplo que propiciou mais economia de combustível, uma vez que o motorista não precisava pisar fundo.

Versão LS 1979 / 1980 (o carro mais vendido no Brasil)

Entre os anos de 1979 e 1980, o VW Brasília ainda tinha como principais concorrentes o Fiat 147 e o Chevrolet Chevette em sua versão hatch. Ambos eram mais eficientes e modernos, deixando o modelo da VW para trás. De olho nisso, a Volkswagen resolveu dar uma resposta e lançou a versão Brasília LS.

A montadora alemã não quis perder para os seus concorrentes. Logo, veio com mudanças radicais e temos aqui as principais alterações que carro sofreu antes de sair de linha em 1982.

A versão LS passou a ser a topo de linha do Brasília. Ele passou a oferecer de série: vidros verdes, mini console no túnel, acabamento mais sofisticado e os bancos dianteiros receberam encosto de cabeça integrado.

O Brasília LS 1979 era equipado com motorização longitudinal de 4 cilindros opostos, 1.584 cm³, 65 cv de potência a 4.600 rpm, 11,7 mkgf a 3.200 rpm. A transmissão era manual de quatro marchas e tração traseira.

Antes produzido apenas para exportação, o Brasil recebeu pela primeira vez a opção de quatro portas. No entanto, foi lançamento com acabamento empobrecido. Novamente, frotistas e taxistas foram os que mais compraram essa configuração.

Mesmo tendo que encarar seus concorrentes de peso, o Brasília conseguiu ser o carro mais vendido do Brasil em 79. Foram mais de 150 mil unidades comercializadas só naquele ano.

Em 1980, o hatchback tenta se aproximar do VW Passat. A Volkswagen lança o Brasília com novo painel de instrumentos, passando a ficar em apenas um quadro. Os assentos dianteiros receberam novos formatos e passaram a ter novos encostos de cabeça, podendo ser removidos pelo próprio ocupante.

Os compradores poderiam adquirir, como opcionais, lavador elétrico do para-brisa e temporizador do limpador. Vacuômetro também era um opcional.

Uma opção a álcool foi lançada; o modelo gerava 49 cv de potência. No entanto, foi um fracasso de vendas, já que pecava no desempenho e gerava alto consumo de combustível.

Ainda na década de 80, mais especificamente em maio de 1980, outro fato histórico, era lançado o Volkswagen Gol — modelo fabricado até hoje. O Gol é considerado um dos maiores sucessos da montadora alemã e coleciona momentos únicos, como o primeiro veículo nacional a ultrapassar a marca de cinco milhões de unidades produzidas.

Já próximo de seu fim, o VW Brasília não sofreu muitas alterações em 1981. Ele ganhou o volante do recém-lançado Gol, novos materiais para reduzir o barulho interno e novos piscas laranjas.

Em março de 1982, a Volkswagen anuncia o fim de um clássico, que chegou a ficar famoso até em música: “Brasília amarela”, do grupo Mamonas Assassinas. Só no Brasil, 940 mil unidades foram vendidas; 100 mil no exterior e mais 80 mil só no México.

Com esses números, pode-se dizer que o VW Brasília teve mais de um milhão de unidades fabricadas.

Fonte: https://www.assobrav.com.br/destaques/vw-brasilia-a-historia-de-um-dos-maiores-classicos-nacionais/

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